domingo, 20 de março de 2011

Reflita Bem Nessa Linda Mensagem do Pr. Samuel Câmara, Presidente da Igreja-Mãe das Assembleias de Deus

Depois da Sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos no momento em que se encontravam enclausurados entre quatro paredes, aprisionados pelo medo. Em vez de censurá-los, Ele os saudou com a Paz e acrescentou: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21).

Como Jesus poderia fazer uma coisa dessas? Eles todos o haviam negado (não somente Pedro), fugiram quando mais precisava deles, não acreditavam na Sua ressurreição, estavam tão espavoridos que só podiam se esconder! Jesus, porém, os enviou para “mostrarem a cara”, não sem antes lhes dar o modelo.

“Assim como” quer dizer “do mesmo modo”. Ou seja: na mesma dimensão de compromisso, na mesma disposição de ânimo, no mesmo despojamento pessoal e abnegação em prol do reino, na mesma missão, no mesmo poder espiritual.

O apóstolo Pedro aprendeu a lição, de modo que, anos depois, ensinou: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos (1 Pe 2.21).

Quando servia à Igreja em Corinto, o apóstolo Paulo encontrou muita resistência ao ensino da imitação de Cristo, pois tudo o que a maioria daqueles irmãos fazia era absurdamente contrário aos ensinamentos do Senhor. De fato, eles tinham dificuldades de encontrar em alguém que não conheceram pessoalmente o exemplo para seguirem os passos. Para eles, Jesus era um mito, alguém distante, no tempo e na cultura.

Ora, Paulo também não convivera com Jesus. Tudo o que ele sabia a respeito do Senhor tinha-lhe sido comunicado por revelação. Nem mesmo convivera com os discípulos. Mas ele imitava ao Senhor, pois sabia que imitar significava, em suma, “trazer o mito à realidade da vida”. Por isso, ele escreveu aos coríntios: “Olhem para mim, vejam o meu exemplo, pois eu sou imitador de Jesus Cristo. Imitem a mim, que estarão imitando ao Senhor” (1 Co 4.16; 11.1 – citação livre).

O apóstolo João também indicou esse caminho: “Aquele que diz que permanece nele [em Jesus], esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6).

O que esses três apóstolos nos querem dizer é que a imitação de Jesus é algo essencial à vida de quem serve ao Senhor. Isso vale para toda e qualquer época e cultura.

O Senhor Jesus é o nosso exemplo-mor de vida de fé e ministério e, através dos seus passos, nos ensina como Deus quer que andemos. Todos nós somos comissionados e ungidos para seguir os Seus passos como envia­dos ao mundo.

Jesus andou de modo a agradar ao Pai, buscando fazer a vontade do Pai, não a sua própria. Ele buscou também fazer o bem a todos, procurava estar no Templo adorando, buscava em primeiro lugar o Reino de Deus, e esforçava-se para evangelizar a todos: prostitutas, pecadores corruptos, religiosos hipócritas.

Jesus esvaziou-se a Si mesmo, o que também é requerido de nós: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Mas como poderia alguém andar “assim como Jesus”?

Devemos começar seguindo o Seu exemplo quanto ao esvaziamento pessoal, o despojamento da vontade própria. Orar e jejuar, em absoluta consagração, eram os ingredientes que Jesus utilizava para expressar o seu esvaziamento e para se habilitar a viver debaixo do poder do Espírito (Lc 4.14). Ora, se Jesus, o Filho de Deus, se humilhava, orando e jejuando, quanto mais nós!

Diante dos imensos desafios de nosso tempo, precisamos orar e jejuar para andarmos no mesmo poder e fazermos a vontade do Pai. E que possamos fazer e dizer como Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34).

É importante que frisemos que a oração e o jejum, tomados isoladamente, nada podem fazer quando o coração está longe da vontade de Deus. Oração e jejum não são a “varinha de condão” da fé. Antes, pelo contrário, oração fala de confiança em Deus; jejum, de despojamento pessoal.

Assim, imitemos ao Senhor Jesus. Oremos e jejuemos, pois a vitória é nossa, rumo ao Centenário!

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